Tripofobia – Saiba tudo sobre esta rara fobia!
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Tripofobia
Embora muitas pessoas nem façam ideia do que significa, já que foi descoberta há pouco tempo, a Tripofobia está se popularizando muito ultimamente, principalmente, com o fenômeno das redes sociais.
Para quem não conhece, a Tripofobia é um transtorno, não chega a ser considerada uma fobia como as demais, mas é o nervoso e a repulsa por padrões geométricos, especificamente, à conjuntos de buracos repetidos.
Acredite, há casos de pessoas que a repulsa por esse tipo de imagem é tanta que, ao se depararem com uma simples imagem de bolhas de sabão, chocolate aerado, ou outros objetos com conjuntos de buracos podem acabar tendo enxaquecas, ataques, suores e crises de pânico.
Na verdade, podemos dizer que a tripofobia nada mais é que um transtorno psicológico, em que a pessoa tem um medo irracional de imagens ou objetos que tenham buracos ou padrões irregulares, como favos de mel, agrupamento de buracos na pele, madeira, plantas ou esponjas, por exemplo.
Vale saber que a palavra tripofobia não é um termo científico nem foi criada com o objetivo de descrever uma condição amplamente estuda e claramente caracterizada, até porque, dependendo da fonte na qual você pesquise, as definições podem ser variadas.
Porém, de uma modo geral, a tripofobia é uma sensação de aversão a imagens agrupadas de pequenos buracos ou relevos.
Geralmente, as reações mais observadas em quem sofre de tripofobia são:mal-estar, coceira, tremores, formigamento e repulsa. E, em alguns casos, os simples contato com essas imagens pode provocar enjoos, aumento dos batimentos cardíacos, e, até mesmo, levar a uma crise de pânico, porém, no geral, só um grande mal estar e desconforto são observados.
Embora não possa ser considerada uma fobia, como as que já conhecemos e, por ser muito recente, ainda está sendo estudada, o tratamento indicado é a terapia gradual de exposição e, em casos mais severos, o uso de ansiolíticos e antidepressivos ou psicoterapia.
O que causa a tripofobia
Como a Tripofobia ainda não é considerada como uma doença real e por não causar nenhum impacto significativo na vida das pessoas, esse transtorno ou essa repulsa é uma condição muito pouco estudada e, praticamente, ignorada pelos psiquiatras.
Porém, há assim alguns estudos científicos sobre o assunto, e os poucosjá publicados focaram nas causas dessa sensação tão desagradável para algumas pessoas, que aparentemente, tem origem evolutiva.
O primeiro estudo publicado sobre a tripofobia, é bem recente, data de 2013, na revista Psychological Science. Nele, os pesquisadores especulam que a tripofobia pode ter uma base evolutiva, já que esses grupamentos de buracos compartilham características visuais com animais peçonhentos (ou suas tocas) que os humanos e seus ancestrais aprenderam a evitar como uma questão de sobrevivência, ou seja, seria um instinto primitivo falando mais alto.
Um outro estudo, mais recente ainda, data de 2017, publicado pelo Jornal Cognition and Emotion, já sugere uma outra teoria sobre a origem da repugnância a esses buracos e saliências. Para esses cientistas, esses padrões geométricos lembram doenças contagiosas ou parasitárias que acometem principalmente a pele. A aversão a imagens semelhantes seria, portanto, um mecanismo de defesa para que o indivíduo evite e afasta-se de lesões de pele potencialmente contagiosas.
Enfim, ambos experimentos têm em comum o fato de que a reação repulsiva à conjuntos de buracos pode ser um efeito colateral do instinto de preservação dos seres humanos, ou para evitar animais venenosos, ou doenças contagiosas.
Principais sintomas
Como já foi dito, essa é uma condição descoberta recentemente, portanto, ainda está sendo associada à outras fobias. Sendo, portanto, os sintomas mais comuns os seguintes:
- Enjoo;
- Tremores;
- Suores;
- Nojo;
- Choro;
- Arrepios;
- Desconforto;
- Aumento do ritmo cardíaco;
- Coceira e formigamento generalizados.
Em casos de extrema ansiedade, considerados mais graves, a pessoa pode também sofrer ataques de pânico.
Tratamento da Tripofobia
Como já foi dito, o estudo sobre o assunto ainda é recente e, na grande maioria dos casos, os pacientes com tripofobia não precisam de nenhum tratamento, pois o problema não tem interferência nenhuma na sua qualidade de vida.
Quem quiser se ver livre dos transtornos causados por esse tipo de imagens, a forma mais simples de tratar o problema é se submeter seguidamente à várias imagens de furos e saliências, para, dessa forma, habituar o cérebro com elas. Com o tempo, a pessoa deverá, no mínimo, criar uma certa tolerância.
Claro, no caso das imagens provocarem mais do que apenas sensação de repulsa, com sintomas físicos e real ansiedade, como as descritas acima, nesse caso, o aconselhável é procurar a ajuda de um psiquiatra.
Nesse tipo de tratamento, com um profissional, geralmente é feito, tal como nos outros tipos de fobia, uma terapia cognitiva comportamental.
Tripofobia é uma fobia real?
Então, na verdade, a tripofobia não é uma fobia real e isso se considerarmos fobia um tipo de transtorno de ansiedade que se caracteriza por medo significativo a um objeto ou situação particular, já que ver uma imagem desconfortável ou repugnante pode até causar algum desconforto, mas isso nunca irá exercer a mesma influência negativa na sua vida que as reais fobias causam.
Teoricamente, toda fobia leva o indivíduo a ter um comportamento de descontrole e evasão, ou seja, a fugir de medo, como no caso de uma pessoa com fobia de barata, aranha, altura, avião ou lugares fechados, que é infinitamente mais intensa que a sensação incômoda que a que um conjunto de pequenos buracos pode provocar na maioria das pessoas.
Por mais que uma imagem desconfortável ou repugnante possa até causar algum desconforto, ela nunca irá exercer a mesma influência negativa que as reais fobias causam.
É preciso levar em conta que as pessoas que se dizem portadoras de tripofobia não se descontrolam ao verem pequenos buracos, mesmo que considerem uma imagem repugnante e aflitiva, e até não consigam olhar por muito tempo, e até mesmo sintam coceira, como algumas já relataram, porém, a sensação de pânico de uma fobia real não existe na imensa maioria dos casos.
Mas, vale ressaltar que existe fobia para tudo, sendo assim, é possível que algumas pessoas, realmente, experimentem um medo real desses pequenos buracos, se encaixando nesses casos no que chamamos de fobia específica, esta sim um transtorno psiquiátrico amplamente reconhecido.
Será que você tem Tripofobia?
O fato é que, por ser uma descoberta recente, como já foi dito, e mesmo a tripofobia não sendo considerada um transtorno mental, isso não significa que não existam milhões de pessoas que se sintam verdadeiramente desconfortáveis ao verem imagens de conjuntos de pequenos buracos, principalmente, se estes estiverem alguma ligação com a natureza, seja sobre uma planta, um fruto, a pele humana ou em outro ser vivo.
Bom, agora que você já sabe o que é essa fobia, suas causas, que tal descobrir também se você sofre com esse transtorno?
Confira se alguma dessas imagens abaixo lhe causa desconforto ou aflição, ou seja, nesse caso, provavelmente, você é um tripofóbico.
E aí, conseguiu chegar até aqui sem sentir nenhum calafrio? Então, provavelmente, você não é um tripofóbico…mas, se do contrário, não aguentou olhar muito tempo para essas imagens sem ficar incomodado…então, bem vindo ao mundo dos tripofóbicos!